A conexão

 

Amanda Stumm – Palhaça Kirina


Lá em meados de 2016, Kirina estava no início da sua descoberta do mundo. Aprendendo sobre a direção que o nariz estava lhe dando, quais eram as cores e os aromas que lhe agradavam ou não . E nessa busca descoberta ela encontra outra nariz com um par de olhos tão curiosos quantos os seus.

Miúda, Miudinha, Miudoca....

Quando Kirina conheceu Miúda, as duas estavam no mesmo barco, navegando pelas inseguranças do descobrimento da palhaça. A conexão de uma dupla é uma construção diária, e com elas não foi diferente.

O olhar das palhaça foi cada vez mais focando para o atendimento hospitalar. Quando falamos em conexão e atendimento hospitalar, estamos trazendo O foco das palhaçadas para a dupla, e direcionando ao paciente, a equipe médica e aos demais pares de olhos que algumas vezes nem conseguimos avistar.

Nas primeiras visitas dessa dupla havia muito questionamento. Será que somos engraçadas? Quais histórias teremos para contar? Sabemos fazer exatamente o quê? Os questionamentos foram combustível para que a construção da dupla tivesse a mesma direção.

Entendemos como dupla que nem sempre será engraçado, e nem sempre o foco da visita vai caminhar dentro do que planejamos quando estamos nos arrumando para começar as visitas. É se jogar no improviso que os quartos vão direcionar as falas e gestos.

Vimos neste ano de que como a conversa das 2 atrizes direciona o foco das Palhaças. D como a Miúda com todo aquele “jeitão" Desengonçado ensinou a quirina muita leveza e graça ao passar. Aprendizado que os dias foram dando. .

A observação da dupla foi muito importante para que no final de cada visita houvesse uma troca de experiências, de como cada visita para cada palhaça e atriz é diferente.

E assim conseguimos direcionar a conexão da dupla e transformar em experiência para novas cenas, novos diálogos e novas vivências.

 Fotos Suzi Gobbi

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